sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Na briga pelo título do Brasileirão, o ataque é o maior problema do Flamengo

Dos últimos três jogos o Flamengo só não teve muitas dificuldades em apenas um, contra o Santa Cruz, vice-lanterna do Brasileirão, pela vigésima nona rodada. Os comandados do técnico Zé Ricardo derrotaram o adversário por 3 a 0.

Apesar de não ter dado espetáculo, o time aproveitou as oportunidades mas também chegou a sofrer riscos em alguns momentos. Foi quando o goleiro Paulo Victor, que substituiu Alex Muralha, se saiu muito bem em lances que poderiam ter sido convertidos em gols pelo Santa Cruz.

Já no ataque, o Rubro-Negro não contou com Paolo Guerrero nem Leandro Damião. Mas Felipe Vizeu foi suficiente para dar conta do recado. Marcelo Cirino e Alan Patrick marcaram os outros dois gols. 

Na rodada seguinte, no polêmico Fla x Flu, as coisas já foram mais complicadas. Mesmo com a vitória por 2 a 1 dentro de campo, o Flamengo sofreu. Abriu o placar em um gol contra de William Matheus e só ampliou o marcador após uma falha grotesca de Wellington Silva.

Leandro Damião, titular no comando do ataque, não conseguiu balançar as redes, até agora ele soma apenas dois gols pelo Flamengo, ambos em cobranças de pênaltis. 

Contra o Internacional, no Beira-Rio, o ataque seguiu sendo um dos problemas de Zé Ricardo. Desta vez com Guerrero de titular, o responsável por balançar a rede pelo Flamengo foi o zagueiro Réver. Sem presença de área, o time encontrou bastante dificuldade e acabou derrotado por 2 a 1.

A dificuldade de Paolo Guerrero em balançar as redes é visível, em todo o campeonato ele marcou apenas 5 vezes, o mesmo número de gols que Felipe Vizeu, com bem menos oportunidades que o camisa 9.

O Atlético-MG, terceiro colocado do Brasileirão, tem dois jogadores entre os artilheiros. Fred com 12 gols e Robinho com 11. Gabriel Jesus, do Palmeiras, já balançou as redes em 11 oportunidades, o mesmo número que Sassá, do Botafogo. 

Para se ter uma ideia Guerrero, está atrás de exatamente 29 jogadores na artilharia do Campeonato Brasileiro. Número indiscutivelmente baixo para o centroavante de um time que briga pelo título. 

Nos últimos cinco jogos que Adriano disputou na reta final do Brasileirão em 2009, na conquista do hexacampeonato, ele marcou quatro gols e deu uma assistência. Na ocasião, chegou a disputar duas partidas lesionado. Neste mesmo campeonato, Leonardo Moura, lateral-direito, balançou as redes cinco vezes, mesmo número de Paolo Guerrero até o momento.

Nem mesmo a soma de gols entre Leandro Damião, Paolo Guerrero e Felipe Vizeu é capaz de chegar ao número de tentos que o Imperador marcou na última conquista Rubro-Negra. 

Mas a situação não está feia só para o camisa 9, Damião, escolhido por Zé Ricardo para ser o substituto imediato do peruano só marcou dois gols, ambos de pênaltis como citamos acima, em nove jogos disputados até agora.

Se compararmos com Kayke, que em 2015 foi também o reserva imediato do camisa 9, vemos os seguintes números: em 9 jogos como titular balançou as redes em cinco oportunidades e nenhuma delas  de pênalti. Lembrando que a equipe não brigava pelo título e nem tinha o elenco tão qualificado como agora.

O único jogador que corresponde melhor em números de bola na rede entre os três centroavantes é Felipe Vizeu, o jovem dá um banho em Guerrero e Damião mas ainda assim é a terceira opção do treinador. 

Na próxima partida contra o Corinthians, o Flamengo precisará de seus atacantes para seguir na briga pelo título, caso contrário, a situação ficará ainda mais complicada para sonhar com a taça.

Fonte: Yahoo Esportes

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