domingo, 30 de outubro de 2016

ZR explicou porque trocou Gabriel e Fernandinho por Sheik e Alan Patrick

Após um primeiro tempo exemplar e que só não foi ideal pelas inúmeras chances desperdiçadas, o Flamengo voltou do intervalo para tentar matar o jogo contra o Atlético-MG. Não o fez, deu espaços, e Guerrero salvou o time da derrota aos 44 minutos da etapa final, decretando o 2 a 2.

Na entrevista após o jogo, Zé Ricardo tentou explicar as saídas de Gabriel e Fernandinho, que vinham muito bem tanto ofensivamente – destaque para o último – quanto na ocupação de espaços. Para ele, Sheik e Alan Patrick eram potenciais candidatos a encaixar a famosa “bola do jogo”.

– A troca do Sheik tínhamos que fazer para tentar o segundo gol. Ele tem característica parecida com a do Gabriel que é a de segurar bem a bola e uma verticalidade que nos interessa bastante para que pudéssemos buscar o ataque. Em relação ao Fernando, foi o desgaste realmente.

– A única dúvida era a entrada do Alan ou do Cirino para fazer o lado esquerdo. Entedia que como o Atlético só tinha dois para três no setor de meio, a entrada do Patrick poderia dar superioridade. Não conseguimos encontrar o melhor momento, tivemos contra-ataques, mas desperdiçamos passes. Entendia que jogando ali com dois homens apenas por dentro o Atlético pudesse oferecer alguma bola para o Alan chegar à área adversária ou dar assistência. Não foi a primeira vez que fizemos essa mexida. Deu certo contra o Cruzeiro, lembrando agora, por exemplo, o Alan deu duas assistências. Mas hoje infelizmente não conseguimos manter a posse.

No primeiro tempo, Gabriel e Fernandinho recompunham bem a segunda linha de quatro quando o Flamengo era atacado. Na etapa final, Sheik e Alan mantiveram o posicionamento, mas mexeram-se menos (Foto: Fred Gomes)
No primeiro tempo, Gabriel e Fernandinho recompunham bem a segunda linha de quatro quando o Flamengo era atacado. Na etapa final, Sheik e Alan mantiveram o posicionamento, mas mexeram-se menos (Foto: Fred Gomes)
Não deu certo. Sheik, aos 38 anos – 12 a mais do que Gabriel -, aproveitando-se de sua técnica, até tentou combinar boas tramas com Guerrero. Encaixou passes interessantes, mas mexeu-se bem menos do que o baiano. Na marcação, que não é seu forte nem compatível com sua idade, deixou a desejar. Resultado: Fábio Santos começou a subir mais pela ala esquerda do Galo.

Alan também não tem a característica de marcar. Não é a dele, Embora tenha procurado ocupar a faixa esquerda defensiva, algo que Fernandinho cumpria muito bem antes de sair, seu instinto de meia o fazia se aproximar de Márcio Araújo e Willian Arão, deixando assim um corredor para Carlos César e Luan explorarem.

Na frente, Patrick, outro bem dotado tecnicamente, tentou segurar a bola até encontrar o momento ideal para o passe final, mas não teve sucesso. Além disso, permitiu a Carlos César ter um refresco após o ritmo frenético imposto por Fernandinho no primeiro tempo.

Repare na imagem abaixo, que Sheik e Alan conseguiram por diversos momentos compor a linha de quatro defensiva, mas não apresentaram a mesma dinâmica que os titulares.

O time recuou, algo do qual Guerrero reclamou, e deu campo para o Atlético-MG pressionar insistentemente. De tanto martelar, fez o primeiro gol num pênalti desnecessário de Réver.

O Palmeiras perdeu para o Santos, e o Flamengo perdeu chance de ouro de se reaproximar, ganhar moral e recolocar o perfume do “cheirinho de hepta” no ar.

Fonte: GE

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