Pois bem, certa vez fomos jogar em um lugar, que havia uma roça de milho em volta do campo e como os agricultores costumavam plantar outros produtos junto ao milho, lá também havia feijão, batata doce, melancia e abóboras.
Começa o jogo, bola pra lá, bola pra cá... A torcida delirando com os chutões pra cima – quanto mais alto a bola fosse mais a torcida gritava: - Chuta pra cima compadre!... Quem gosta de chão é cobra e num desses chutões, o zagueiro do time deles, mandou a bola lá para o milharal. Antes que ela chegasse lá, o Dorval já estava esperando por ela. E no afobamento que lhe era peculiar, ele em vez de pegar a bola, pegou uma abóbora e mandou no peito do Ambrozinho, que ficou desacordado por vários minutos e sem voz por vários dias. Para desespero do Dorval, a partida foi interrompida.
Quanto ao Ambrozinho, quando ia comer na casa de alguém e que um dos pratos era abóbora, ele pedia desculpas e dizia: - Esse preto não dá pra engolir!...
Nessas minhas andanças pelos campos de roça, já vi muita coisa esquisita. Já vi um jogador furar a bola ao dominá-la pressionando-a contra o chão e ela estourar. Já vi um, jogando descalço, errar a bola e acertar o barranco e cair quase meio metro de terra. Já vi um campo, que havia uma árvore de cedro quase dentro dele e que seus galhos atrapalhavam a cobrança de escanteio, mas que dava uma sombra maravilhosa.
Então, já vi tudo isso, mas nunca tinha visto alguém dominar a bola nas costas, como fez o Giovanni. Pobre futebol brasileiro....
Por Toninho Bolado
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