domingo, 6 de maio de 2018

Histórias do Futebol

Dando prosseguimento às minhas histórias sobre o futebol da roça, hoje vou contar uma história que os mais antigos nos contavam.
Diziam eles que lá pras banda da Capoeira Grande, lugarejo que ficava entre Bom Jardim de Minas e São Domingos da Bocaina,certo fazendeiro aproveitando um trator que foi fazer uma estrada nas redondezas, resolveu fazer um campo de futebol e criou um dos melhores times de futebol de roça que poderia se imaginar.
Os jogadores eram empregados da própria fazenda, que acostumados com a lida diária, eram verdadeiros atletas cheios de saúde e de vigor. Otime não tinha uniforme e jogavam todos descalços mesmo.
Ganhavam de todos os times que se aventurassem enfrentá-los e era só de goleada, vinte a zero, trinta a zero e dai pra frente. Nunca levaram um gol sequer, a zaga e o meio campo não deixavam a bola chegar nem perto da grande área.
O fazendeiro, feliz com a campanha de seu time, resolveu fazer uma festa na fazenda para que todos pudessem compartilhar e ver como era boa aquela equipe, que lhe enchia de orgulho. Matou não sei quantos bois para fazer churrasco, chamou Banda de Música, fogueteiro, fez leilão e muitas outras coisas. Foi em Juiz de Fora e comprou um lindo jogo de camisas, com meias, calções e chuteiras pra seus atletas e aproveitou para levar um time famoso de Juiz de Fora para ser o adversário do seu time no dia da festa.
Pois bem, depois de muito discurso, muito blá, blá, blá.Começa o jogo e pra encurtar o assunto, final do primeiro tempo: Dez a zero para o time de Juiz de Fora.
O fazendeiro “p” da vida foi lá e tomou as camisas, as meias e as chuteiras dos jogadores. Cambada de molezas!... Que vexame!... Ele ficaria humilhado para o resto de sua vida.
Começa o segundo tempo. Todos sem camisa, sem meias, sem chuteiras. Alguns jogando até com a calça arregaçada, pois nem calções tinham. E também pra encurtar o papo, final de jogo: Cinquenta a dez para o time do fazendeiro.
Moral: Sem chuteiras, era só orgulho para o fazendeiro...
N.B.: Voltando aos dias atuais. Esse Flamengo está me enchendo de orgulho... Os jogadores estão unidos, vibrando juntos e com muita garra.

Por Toninho Bolado

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